Love, Death and Robots e TI: o que podemos aprender?

Seguinte

A série vencedora do Emmy, Love, Death and Robots, já está em sua terceira temporada e conta com uma legião de fãs — conquista que não é à toa! Repleta de reflexões que dão luz na relação entre a humanidade e a tecnologia, ela busca trazer uma abordagem distópica para um assunto que fascina diversas pessoas: o ciberespaço.

Esse programa vem para ser uma proposta mais inovadora sobre animação para adultos e garante uma fotografia espetacular com roteiros inteligentes e grandes nomes do cinema, como Tim Miller e David Fincher. Vale a pena conferir.

Quer entender melhor sobre a relação de Love, Death and Robots com a tecnologia? Então confira o post especial que separamos sobre a série.

Love, Death and Robots: conheça a série

Love, Death and Robots é uma série de animação para adultos com uma fórmula muito bem estruturada. Composta de humor ácido, bela fotografia, distopia e uma sagacidade ao retratar a relação dos humanos com a tecnologia que tem chamado atenção dos críticos e do público — que ficaram fascinados com as histórias trazidas pelos idealizadores.

Apresentada pela Netflix, essa série é criada por David Fincher (diretor de Zodíaco, Clube da Luta, entre outros) e Tim Miller (idealizador de Deadpool). Lançada em 15 de março de 2019 nos Estados Unidos tem, atualmente, três temporadas com 8 a 18 episódios cada.

Por ser uma antologia, todas as histórias são únicas e independentes, ou seja, não apresentando uma história linear. Os mais conhecidos são:

  • Os três robôs — temporada 1, episódio 1;

  • A vantagem de Sonnie — temporada 1, episódio 4;

  • Zima Blue — temporada 1, episódio 18;

  • Fazendeiro — temporada 3, episódio 9.

Com narrativas que abordam desde questões como brevidade e ciclicidade da vida a machismo e desigualdade social de gênero, essa série é instigante e verdadeiramente reflexiva sobre diversas questões do cotidiano, não só a relação da humanidade versus a tecnologia.

Você também pode se interessar: 10 filmes para assistir e aprender sobre tecnologia.

Esse detalhe vem para acertar ainda mais o ponto de sagacidade e deixar a história com um toque distópico. Portanto, serve, também, como um aviso de alerta para toda sobre questões importantes para toda a sociedade. Tudo isso feito de uma maneira bastante inteligente e assertiva.

Love, Death and Robots e a tecnologia

Como já ressaltamos anteriormente, a série traz uma relação muito direta entre a humanidade e a tecnologia. Os tópicos abordados na série apresentam algumas das principais discussões atuais sobre o tema, como robótica, exploração espacial e realidade virtual.

Quer conhecer algumas dessas relações nos episódios da série? Continue a leitura abaixo.

Atendimento automático ao cliente

Atendimento automático ao cliente é o primeiro episódio da segunda temporada da série Love, Death and Robots. Nele, encontramos uma cidade futurista completamente automatizada com Inteligências Artificiais (IA), onde robôs são responsáveis por passear com os cachorros e, até mesmo, jogar tênis ao invés dos humanos. Tudo acontece como se os personagens estivessem em uma realidade virtual.

O problema começa quando uma senhora tenta entrar em contato com o atendimento ao cliente de um robô aspirador. Além de uma grande espera, a idosa é atendida por uma IA que parece não querer resolver a situação. Com isso, inicia-se uma pequena disputa entre a mulher e a tecnologia. Vemos o dispositivo, que faz parte da casa inteligente, executar uma série de ações ameaçadoras com o intuito de machucá-la.

Com isso, percebemos que o robô estava programado para eliminar qualquer um que não concordasse com as suas instruções. Dessa forma, é claro que o episódio tem o intuito de satirizar o atendimento ao cliente, no entanto, é muito mais que isso. Podemos fazer uma associação clara entre a situação vivência pela senhora e estratégias de malware.

Ficha técnica:

Diretor: Meat Dept

Roteiro: John Scalzi e Meat Dept (baseado na história de John Scalzi)

Elenco: Nancy Linari, Ben Giroux e Brian Keane

Estúdio de animação: Atoll Studio

Duração: 12 min

Matança em grupo

O episódio Matança em grupo é quinto da terceira temporada e conta com uma história digna das maiores bilheterias do cinema. Nele, acompanhamos uma série de soldados treinados para matar tudo e qualquer coisa. Os criadores usam bastante do recurso da ação, todos os acontecimentos são cheios de sangue, tiros, pancadaria e testosterona.

No entanto, quando se deparam com um robô cibernético criado pela CIA, a situação fica complicada e os espectadores acompanham uma grande batalha.

Esse episódio traz reflexões acerca de inteligências do mundo digital criadas para atacar determinados usuários ou páginas online.

Ficha técnica:

Diretora: Jennifer Yuh Nelson

Roteiro: Philip Gelatt (baseado em história de Justin Coates)

Elenco: Joel McHale, Seth Green, Gabriel Luna, Steve Blum, Andrew Kishino

Estúdio de animação: Titmouse, Inc

Duração: 13 min

Confira também: Conheça 7 dicas de segurança na internet para implementar em sua rotina!

O mesmo pulso da máquina

O mesmo pulso da máquina é o episódio 3 da terceira temporada e tem uma forte influência sci-fi realista com um toque de ambientação alucinógena. Com um design e fotografia belíssimos, ele ganha destaque e se torna um grande trunfo para Love, Death and Robots.

Nessa história, os criadores alinham perfeitamente a tecnologia com a relação mais existencial da vida humana. No episódio, acompanhamos uma narrativa emocionante de sobrevivência quando mergulhamos em uma jornada angustiante com a astronauta Martha Kivelson. Sozinha, ela é obrigada a percorrer dezenas de quilômetros carregando o corpo de sua colega a fim de manter-se conectada ao suprimento de oxigênio após um terrível acidente.

É uma ficção científica de tirar o fôlego e, com certeza, vai te conquistar.

Ficha técnica:

Diretora: Emily Dean

Roteiro: Philip Gelatt (baseado em história de Michael Swanwick)

Elenco: Mackenzie Davis, Holly Jade, David Shatraw

Estúdio de animação: Polygon Pictures

Duração: 17 min

As tecnologias são uma presença constante na vida moderna, sendo praticamente impossível viver sem estar cercado por dispositivos eletrônicos. Diante dessa realidade, é crucial aprender a lidar com essa interação. Afinal, Love, Death and Robots pode parecer ficção, mas está mais próximo de ser real do que esperamos.

E então, o que achou sobre a série? Se quiser outra sugestão de uma narrativa que traz um cenário distópico sobre as tecnologias que tal investir em Black Mirror? Nos vemos no próximo post!